Nasceu no dia 12/10/1906 na cidade de Santa Lúcia, sendo seus pais Francisco Inácio da Silva e Brasilina de Jesus da Silva. Adotou Santa Eudóxia como torrão natal.
Teve uma infância humilde, seguindo os princípios de uma educação rígida e conservadora. Começou a trabalhar muito cedo, aprendendo o oficio de alfaiate com o sr. Noel Estrozer, que o elogiava sempre devido sua habilidade, facilidade e interesse em aprender.
Quando jovem foi um sonhador romântico que, em noite de serestas e insônia, passeava no largo da matriz de Sta Eudóxia, com seu grande amigo Antonio de Carvalho Quita.
Na idade adulta prestou o serviço militar na cidade de Corumbá, permanecendo durante três anos, gerenciando a alfaiataria militar onde eram confeccionados os uniformes militares.
Recebeu várias medalhas de honra ao mérito, devido seu bom comportamento e serviços prestados para a corporação.
Voltando a Sta Eudóxia conheceu uma jovem, dez anos mais nova que ele, se encantou com sua juventudes e vivacidade, e casou-se com Cleofe Giannotti da Silva, em 03/01/1935; nascendo dessa união os filhos: Eunice casada com Antonio Scaf e João Carlos casado com Antonieta Barbeiro da Silva, os quais receberam excelente formação moral e profissional, tendo ainda cinco netos.
Continuou na sua profissão durante vinte anos, mas tornou-se comerciante durante trinta e cinco anos, possuindo uma loja de armarinhos, onde graças aos seus dotes de homem integro, coração generoso sempre pronto a ajudar os menos favorecidos conquistou o respeito e estima de todos os que o conheciam, além de ser um pai amoroso e esposo exemplar.
Residiu em Sta Eudóxia mais de 60 anos.
Por suas qualidades de cidadão honrado, sua capacidade de administrar, exerceu de 1965 a 1972, o cargo de Sub-Prefeito de Sta Eudóxia, e ainda exerceu por longos anos o cargo de Delegado de Distrito e Juiz de Paz.
Amava o distrito com o ninguém a ponto de escrever uma poesia em homenagem a querida vila, como segue:
“Santa Eudóxia, vila dos meus sonhos,
terra querida que me viu nascer
se em ti vivi meus dias mais risonhos,
em ti espero ainda, em paz, morrer.”
Faleceu no dia 22/03/1982, sendo sepultado em São Paulo, onde morava, mas o seu maior desejo era ser sepultado em Sta Eudóxia, q não pode ser realizado.
Portanto, seu nome será perpetuado para sempre através da Creche que leva seu nome e que as crianças que por lá passarem, saibam quem foi o sr. Dionisio, como era chamado, o maior fã e defensor de sua querida Sta Eudóxia.
Compete ao poder público perpetuar a memória de todos aqueles que pelo trabalho, esforço, dedicação deram tudo de si para o bem estar de seus semelhantes e desenvolvimento de sua cidade.
A creche foi inaugurada em 08/02/1987 com o nome de Creche Municipal Dionísio da Silva, localizada na rua Cristóvão Martinelli, no Distrito de Sta Eudóxia, atendendo todos os bairros do distrito e algumas fazendas circunvizinhas.
Homenagem póstuma da municipalidade sãocarlense ao sr. Dionisio da Silva, que em vida deu exemplos edificantes a serem seguidos e que pela sua bondade e simplicidade permanecerá para sempre no coração de todos os seus familiares, amigos que privaram de sua amizade.

A creche foi construída para beneficiar as mães que trabalhavam na lavoura e necessitavam de um local para deixarem seus filhos em período integral.
Foi inaugurada há 20 anos, ou seja, em 08/02/1987.
As pessoas interessadas para o trabalho foram inscritas e selecionadas através de entrevista feita pela diretora da Assistência Social. Passaram por um treinamento na creche Pedro Pucci. Funcionava das 6 às 17 horas.
O critério para a matriculo era a mãe estar trabalhando, com apresentação da carteira de trabalho e esse documento seria apresentado mensalmente à direção da creche.
A faixa etária era de 3 meses a 7 anos, sendo que as crianças na idade de 5 e 6 anos eram levados por uma das pajens à EMEI.
Possuía um regime assistencialista, ou seja, o atendimento das crianças tinha por prioridade “cuidar” da alimentação, higiene (banho, corte de cabelo, unhas,…com autorização dos pais, verbalmente) levar ao médico para pesar, fazer curativos, vacinas, etc…
As famílias usuárias da creche eram de baixíssima renda (trabalhavam na lavoura, corte de cana), portanto, o Depto de Serviço Social fornecia material como: fraldas, medicamentos básicos, material pedagógico, além da alimentação.
As refeições eram preparadas de acordo com o estoque, cujos alimentos eram fornecidos mensalmente, sendo servidas 4 refeições diárias: café da manhã, almoço e sobremesa, lanche após o descanso e jantar.
O espaço físico era muito pequeno, funcionava uma sala e um banheiro para todas as crianças, com o tempo a população aumentou, tornando-se necessário que a creche passasse por reforma, havendo ampliações e adaptações.

A partir de 1999, as creches passaram a fazer parte do Departamento de Educação e Cultura, hoje Secretarias Municipais de Educação e Cultura, entendendo-se que creche não seria apenas para cuidar, mas também para educar, pois passou a ser uma unidade escolar.
As pajens que haviam sido contratadas continuaram seu trabalho, mas a partir daí, foram contratadas somente professoras. Pajens e professoras participando de cursos, sendo atualizadas, capacitadas, frequentando reuniões para discussão, em grupo, do trabalho e encontros para troca de experiências.